Os Ministérios Públicos de Alagoas e de São Paulo realizam, na manhã desta terça-feira (11), a operação "Argus", que visa combater uma organização criminosa suspeita de criar empresas de fachada em Alagoas para fraudes de mais de R$ 150 milhões no setor químico e de plástico. Foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão no interior de São Paulo.
De acordo com informações do Ministério Público, 30 pessoas físicas e 42 jurídicas distribuídas de diversos locais do país foram investigadas por suposto envolvimento em crimes complexos que envolveram a emissão de 3.322 notas fiscais ideologicamente falsas.
Ainda segundo o MPAL, as práticas não apenas comprometeram a arrecadação tributária, mas também afetaram a concorrência leal no mercado, prejudicando empresas que atuam dentro da legalidade.
“A Operação Argus é um exemplo do compromisso do MPAL em combater práticas ilícitas que minam a integridade do sistema econômico brasileiro. Através da identificação e responsabilização dos envolvidos nas falsidades ideológicas, fraudes fiscais e lavagem de dinheiro, buscamos não apenas reparar os danos causados ao erário, mas também promover uma cultura de conformidade tributária e ética empresarial. A continuidade dessas operações é essencial para fortalecer o estado de direito e assegurar um ambiente econômico mais justo e transparente”, afirmou o promotor de Justiça Ciro Blatter, coordenador do Gaesf Alagoas.
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital (Combate ao Crime Organizado), nos municípios de Sorocaba, Leme, Hortolândia, Cerquilho, Santo André, Porto Feliz e São Roque, com a participação de 42 auditores-fiscais e nove delegados das Polícias Civis de Alagoas e São Paulo, quatro procuradores de Estado alagoanos e paulistas, 54 policiais civis e militares, dois técnicos da Sefaz/AL, seis promotores de Justiça do Gaesf/AL e do Gaeco/SP, somando 117 agentes públicos envolvidos nesse trabalho.